quinta-feira, 19 de abril de 2007

VI

Este chão que pisamos
não é mais nem menos, é nosso,
porque os nossos passos são sempre nossos,
o cordão desapertado é continuamente nosso,
o risco de tropeçar e beijar á força o chão
é nosso...

É nosso o dia que nasceu hoje,
com o sol no alto do céu, bem longe,
pisamos os passos de ontem cegamente,
porque cegamente o caminho é lento,
cegamente pisamos a calçada da desilusão.
Cegamente, não vemos um palmo á frente
fruto do nevoeiro que nos trás a memória.
De olhos vendados continuamos,
hoje, sempre, continuaremos vendados...

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