De todos as pessoas que vejo
não sei com quem me vou abrir,
comentar, falar, exprimir...
Hoje foste uma surpresa para mim,
uma amiga, um refugio, um lago.
Um lago que compreende a minha miséria,
onde o lodo se acomodou em ti como comigo...
Onde nascemos para a vida tarde,
mas em que o medo deixou de ser palavra,
morreu, desapareceu, somos novos.
Contigo posso desabafar o medo,
porque tu também o tiveste contigo,
sabes o que é a besta do hábito,
o nunca de todos os momentos
o amor em desespero, o fugir,
o correr para longe, chorar os anos...
Sabes o pouco que eu nunca disse,
conheces o lado escuro do amor.
Ainda bem que apareces-te hoje,
era de alguem que compreende-se isto,
que chorou as mesmas lágrimas que eu,
que beijou a liberdade de olhos fechados,
era mesmo de ti.... De tudo isto, de esta noite.
Não há refugio como o teu ombro,
não existe momento como a tua cabeça,
tudo o que tu és, deitada no meu colo.
Suave como o mel, dura com a vida,
é assim que nós somos, e nos fizemos,
caímos longe, mas levantamos e seguimos.
Fazes-me sentir forte no meio do mundo,
de mãos atados com o amor, refizeste-me.
sábado, 7 de abril de 2007
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