segunda-feira, 2 de julho de 2007

Quando acordar será então o dia diferente,
as horas como um rio passam limpas
a minha cabeça encontra-se então parada,
estou profundo em águas calmas como o céu.
Os espinhos que são segundos nas minhas rosas
não me esmagam a memória das tuas pétalas,
rosa foste que nasceste em mim, eu sou as tuas raízes,
a terra que te deu sustento, vitaminas para a tua dor,
eu fui a água que guardaste no teu caule,
cacto do meu deserto morreste lenta como o tempo.
O tempo que eu vou matando a cada segundo,
rebento as suas teias na loucura da tua miragem,
enfim, fomos terra e alimento, germinamos,
vivemos, não conseguimos resistir.
Chega o inverno ao nosso deserto e chove,
transbordamos nessa água e nela nos afogamos,
nela deixamos de ser barco com guia,
somos então destroços da nossa caravela,
somos destroços que navegam sozinhos
sem orientação, sem nós.

Um comentário:

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