quinta-feira, 12 de julho de 2007

não há regra na poesia,
não me falem de Estereótipos...
não me falem disso quando a vossa alma não vê,
quando só vêem vocês com os olhos da cara,
quando vêem apenas a sociedade,
quando a vossa abertura é fechada em vós mesmos.

Quem dera ser então uma cópia dos dias,
mais que isso, repetir-me sempre...
Mas não me conformo nas repetições,
nem tão pouco nas vossas palavras.
Não me atinge o vosso consumismo,
nem tão pouco se a vossa biblioteca tem milhões de livros,
não, não é isso que me inquieta.

O que me consome a alma ultrapassa-vos,
passa longe da vossa realidade,
o que me consome são as minhas palavras
arrasam-me a cabeça em pensamentos,
o que me consome não são as pessoas,
o que me consome sou eu mesmo.
Quem me mata a cada dia sou eu e mais nimguém,
sou um assassino do meu próprio mundo,
e isso sim para mim tem valor, isso sim...
Não são os meus ditos
Estereótipos,
a dita poesia "estereótipada",
não existe poesia sem valor, nem palavra sem dor,
não existo aqui nos textos, porque não os como,
não me dão o alimento da manha,
nem sequer a cerveja da noite,
não é aí que está o pecado, o pecado está em voces,
escrevo assim como sempre o vou fazer,
se a caneta tomba para a direita assim a deixo,
não a mudo por uma opinião viciada na vossa cultura.

E continua a maré então,
escrevo hoje com a mesma vontade de ontem
com a mesma vontade de amanha,
desde que exista para me ler, sou feliz.

3 comentários:

Mateso disse...

Tem garra, é contido e real...
A tua poesia é muito, muito boa.
Parabéns.
Bj.

Maria Papoila disse...

É a mais pura verdade, a poesia não tem regras. Só as que tu lhe quiseres impor!
Beijos

Maria Papoila disse...

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