Quem dera ser então transparente,
como os dias que me correm,
a saudade que me emanas dos poros...
Quem dera então morrer hoje no teu seio.
Sem marcos geodésicos no auge do teu corpo,
sem nada, despidos do mundo, sem amanha sem viver hoje.
Porque serás sempre a estrela brilhante do meu céu,
infinto pedaço de breu, corrompido entre o nosso desejo,
corrompido pela sociedade que nos rodeia constantemente,
corrompidos pela estupidez da condição humana...
Gastos pelo que nunca fomos, embora nos dessem nome.
Nos dessem o nome da amizade constante e impenetrável,
fomos então assim, mas hoje não somos mais.
Somos a flor que nos brota nos lábios,
rosa vermelha, carnuda, fluorescente aos teus olhos.
São assim os lábios que desejo constantemente,
como uma luta incansável entre a razão e a paixão,
esta que travamos todos os dias no amargo do nosso café,
na paixão escondida na rotina que nos obrigam,
na distância que nos leva a que nunca estejamos longe.
Na distância, fraca, pura, surreal que nos viu nascer.
Na dor física que as mãos incultas te fizeram sofrer,
nasce a saudade que me deixa aqui sentado...
Nasce a saudade que o prado verde do céu
existe na terra e nela cresce todos os dias.
Tem o nome que te ofereceram quando nasceste,
e a vontade que me retiraram de viver assim,
tem uma parte de mim que me desfaz por dentro
e me faz acreditar que tudo isto....
Eles
Nós...
Seja quem for, são apenas miragem...
Miragem da felicidade de segundos que tivemos.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
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Um comentário:
Quando a libido não resiste à rotina e tudo (TUDO) passa a ser, inevitavelmente, um ciclo de acções-reacções estupidamente mecanizado.
Tudo foge, é pena continurmos ali, à espera que mude e volte a vida com a maré.
Somos fracos, fracos demais.
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