E por ser nada...
talvez seja mais que tudo.
Nada de nada será nada
enquanto sangue houver em tais veias.
Nada de nada é mesmo nada
enquanto não me perder,
mais uma vez nas tuas teias.
Aranha venenosa que me atrai...
És assim, fria, cruel, indefesa.
Mas nada de nada é nada
enquanto não beber todo o veneno,
e que me deixe então morrer em ti,
que me corra nas veias a tua saliva.
Envenena-me então...
Faz-me sufocar um pouco mais,
desejar todo o mal que tens para dar.
Veneno maldito que tanto te quero...
Nada de nada em ti será nada,
enquanto me transformares em fantasma,
indiferente, parede branca.....
igual a todos os indefesos que envenenas-te também,
os quais não soubeste igualmente matar.
Pois bem, nada de nada serei...
Para ser nada precisava primeiro de tudo,
e só depois do teu veneno que me consome.
Nada de nada serás tu,
talvez um dia quando me vires
me envenenes outra vez
e talvez aí o nada irás sentir...
ou paixão.... talvez!
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
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Um comentário:
Parece que falas da vida. Para mim, falas da vida. Há quem seja viciado.
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