quarta-feira, 23 de maio de 2007

Como um piano

Como um piano são as tuas palavras,
a melodia do teu riso estridente...
Como notas soltas numa sala cheia de nada,
como um nada envolto na magia das teclas...
Teclas que usas para me retardar a mente
como se doente eu fosse.

Usas a melodia para me dar um remedio,
uma cura para a desilusão desta batalha.
Como uma sinfonia percorres os teus dias
bebendo da magia um simples afecto,
trincando com toda a força as horas que passam.
Como um piano tocando baixinho vens suave,
vens mentindo com toda a tua verdade,
vens vivendo um nada nunca querendo tudo,
vens sabendo não fraquejar embora isto
te faça esmorecer e acordar fora de tempo.

Como um piano enches o meu salão de música,
melodias tristes e inacabadas,
tocas baixinho passando despercebida em mim,
tocas como se não estivesse nimguém a olhar-te
tocas com prazer, tocas para ti e mais nimguém,
tocas a melodia do terno beijo impossivel,
o nada reflectido na pauta da minha vida.

Nenhum comentário: