Por vezes apetece-me sangrar,
cortar-me para ver o quanto sangro,
por ti, por algum dia te amar,
sangrar lágrimas para não as chorar.
E sei que por vezes sonhei contigo,
não sangrei mas verti águas de choro,
lágrimas não foram de simples amigo,
foste o ar que respirou em mim cada poro.
Mas hoje de nós não queres saber,
fugiste para longe e não queres ligar,
quem me dera que amar fosse o meu poder,
quem me dera saber quando devesse parar.
Hoje estavas entre nós meu amor,
estavas tão perto como as lágrimas do meu rosto,
hoje não teria medo de te ver novamente, este pavor,
que me dói dentro e me mata a cada segundo,
segundo esse, a eternidade que pensei sermos,
és ferida sangrenta, amor e ardor,
és longe a minha vida, e aqui guardo o teu sabor,
a incansável guerra que me causa a ausência da tua dor.
E sinto saudade de te respirar,
a incansável barreira de te ter perto,
uma ferida que o tempo há-de sarar,
esperemos que seja esta a minha verdade
pois sem ela nunca conseguirei parar de te amar.
madeira verde de cheiro ruim,
és cá dentro ainda hoje a minha grande fogueira
a verdade dos nossos dias a que puseste um fim.
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