Raramente escrevo para me contentar,
escrevo para que me leiam todos os dias,
movo-me porque sei que todo o ser pode amar,
rebolo-me na terra para rever esse olhar que trazias,
em tempos que não te queria ouvir sequer falar,
queria apenas sentir-te tão perto como o teu simples olhar.
Não quero nada de vocês senão palavra sincera,
o mundo que a nós nos tem e nos ultrapassa,
o teu sorriso é mais um armadilha em que toda a massa
tem tendência suicida de te por á prova e tropeça,
cabelos pretos, tingidos pela tinta negra
para que leve a que o meu amor aconteça.
E se não te escrevi antes, talvez fosse cedo,
estivesse eu fechado no frasco das minhas memorias,
e para sair dele tive que ultrapassar todo este medo,
de ouvir repetidamente na tua voz as tuas histórias,
de loucuras e actos repetidamente errados
nos livros que tu dizes que agora já estão fechados.
Mas poderei eu confiar a minha alma em tuas mãos?
Ou serás mais uma vergonha nas minhas veias,
na saliva que não trocamos mas o fizemos em olhares vãos?
e assim calço os teus sapatos sem usar meias,
em que sentirei o arder frio do nosso suor
nas palavras curtas que trocamos apenas por amor.
Estranho ciclo repentino este de paixão,
no circular redundante do nosso pequeno respeito,
existe o nosso pecado que se chama coração
e muros de fortaleza na nossa rápida relação,
que guardo com todas as chaves que há no meu peito.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
(a)mar....
E eu a pensar que te amar,
seria fácil, terno, tranquilo,
seria peixe adoçado, um amigo,
e eu a pensar que serias então o meu mar.
Oceano, desgraça, aqui continuo perdido,
assim voz faminta, visão de paraíso,
para que então contigo falar,
se é piranha o amor que me faz passar,
se é então conto perdido, estômago faminto
a dor que doí vezes sem cessar.
Mas se é mar, não acaba,
se é mar não me cansa os olhos,
se é mar, vem com a maré, um dia amar,
se é maré é vaza, é cheia, como quiseres,
se é mar ou maré o teu vestido de folhos,
é amor qualquer pequeno gesto que fizeres.
É então salgado o teu amor,
sede contínua, insaciável tormento,
ferida de tanto e insuportável ardor,
pão das quintas que estão longe,
padrão triste, beijo que já não aguento,
rosa, espinho bravo, foste só um momento,
meu mar salgado como a minha vida
meu ponto de partida sem haver uma ida.
E não te canses maré no teu vai e vem,
porque amanha já não estou cá
já foste água que me bebeu, porém,
não serás a água que vou beber
com força suficiente serás essa que nunca afogará.
Aqui deixo a vocês, poucos, que me lêem mais um pequeno do meu próximo livro que em breve estará disponível. Obviamente vou avisar aqui no blog quando estiver já editado.
Antes de mais nada obrigado.
seria fácil, terno, tranquilo,
seria peixe adoçado, um amigo,
e eu a pensar que serias então o meu mar.
Oceano, desgraça, aqui continuo perdido,
assim voz faminta, visão de paraíso,
para que então contigo falar,
se é piranha o amor que me faz passar,
se é então conto perdido, estômago faminto
a dor que doí vezes sem cessar.
Mas se é mar, não acaba,
se é mar não me cansa os olhos,
se é mar, vem com a maré, um dia amar,
se é maré é vaza, é cheia, como quiseres,
se é mar ou maré o teu vestido de folhos,
é amor qualquer pequeno gesto que fizeres.
É então salgado o teu amor,
sede contínua, insaciável tormento,
ferida de tanto e insuportável ardor,
pão das quintas que estão longe,
padrão triste, beijo que já não aguento,
rosa, espinho bravo, foste só um momento,
meu mar salgado como a minha vida
meu ponto de partida sem haver uma ida.
E não te canses maré no teu vai e vem,
porque amanha já não estou cá
já foste água que me bebeu, porém,
não serás a água que vou beber
com força suficiente serás essa que nunca afogará.
Aqui deixo a vocês, poucos, que me lêem mais um pequeno do meu próximo livro que em breve estará disponível. Obviamente vou avisar aqui no blog quando estiver já editado.
Antes de mais nada obrigado.
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