E chego eu a casa...
Assim lhe chamam a estas quatro paredes.
Mas a minha casa ficou longe,
corri o alcatrão como uma gazela em fúria,
fugindo então cheguei a estas paredes.
Fica lá fora então, longe, o meu abrigo.
As paixão que já lá vão e quero esquecer,
pois estou longe de casa...
Embora tenha uma cama para me deitar,
os anos não passam por mim lá longe, em casa.
Aqui tudo é diferente,
acordo com a boca que sabe a vazio,
acordo na cama onde deitei comigo o amor,
olho dela a parede que me ouve rezar...
noite após noite, continuo a rezar.
Mas tu não voltas e a minha casa fugiu,
E agora? que faço eu aqui afogado em números?
Um favor a ninguém...
uma expectativa perdida para muitos,
um amigo de ombro largo para poucos,
um pequeno desorientador para nada.
Que faço agora vendo soprar o vento,
afogado no meu olhar pela lágrima que me queima o rosto.
E se não fizer chorar o vento, não choro eu,
porque com ele levo o pensamento,
que me leve ele então a amargura das palavras que penso,
uma rajada que me leve a vida também,
e me traga umas calças rotas,
um boné velho como me sinto por dentro,
sem camisola também vivo,
que me traga o amor a estes lençóis,
para que novamente renasça então para mim.
Vai entrar a noite e espera-me.....
O que será que me espera?
nada outra vez, provavelmente.
Quem dera poder então ser alcatrão
e ver todos os outros como eu passar,
rezar para que entendam com a vida,
caso contrário que desfaleçam,
lentamente sem que a vida lhes passe á frente,
não vale a pena ver nos nossos olhos
a nossa tristeza, nem tão pouco alegria fingida.
Que chova.....
Quero lá bem saber...
.... Como odeio viver sentado a escrever,
ou melhor, não viver para escrever.
E se vos escrevo, não vos quero comprar,
quero que simplesmente sejam cúmplices,
das partidas que a vida nos prega,
da doença maior da humanidade
que é a própria vida.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
E por ser nada...
talvez seja mais que tudo.
Nada de nada será nada
enquanto sangue houver em tais veias.
Nada de nada é mesmo nada
enquanto não me perder,
mais uma vez nas tuas teias.
Aranha venenosa que me atrai...
És assim, fria, cruel, indefesa.
Mas nada de nada é nada
enquanto não beber todo o veneno,
e que me deixe então morrer em ti,
que me corra nas veias a tua saliva.
Envenena-me então...
Faz-me sufocar um pouco mais,
desejar todo o mal que tens para dar.
Veneno maldito que tanto te quero...
Nada de nada em ti será nada,
enquanto me transformares em fantasma,
indiferente, parede branca.....
igual a todos os indefesos que envenenas-te também,
os quais não soubeste igualmente matar.
Pois bem, nada de nada serei...
Para ser nada precisava primeiro de tudo,
e só depois do teu veneno que me consome.
Nada de nada serás tu,
talvez um dia quando me vires
me envenenes outra vez
e talvez aí o nada irás sentir...
ou paixão.... talvez!
talvez seja mais que tudo.
Nada de nada será nada
enquanto sangue houver em tais veias.
Nada de nada é mesmo nada
enquanto não me perder,
mais uma vez nas tuas teias.
Aranha venenosa que me atrai...
És assim, fria, cruel, indefesa.
Mas nada de nada é nada
enquanto não beber todo o veneno,
e que me deixe então morrer em ti,
que me corra nas veias a tua saliva.
Envenena-me então...
Faz-me sufocar um pouco mais,
desejar todo o mal que tens para dar.
Veneno maldito que tanto te quero...
Nada de nada em ti será nada,
enquanto me transformares em fantasma,
indiferente, parede branca.....
igual a todos os indefesos que envenenas-te também,
os quais não soubeste igualmente matar.
Pois bem, nada de nada serei...
Para ser nada precisava primeiro de tudo,
e só depois do teu veneno que me consome.
Nada de nada serás tu,
talvez um dia quando me vires
me envenenes outra vez
e talvez aí o nada irás sentir...
ou paixão.... talvez!
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