Que bom que é deitar o corpo na cama,
de madrugada depois de um bom copo
uma companhia, uma música reles,
um momento, mais um momento...
Momentos que nos beijam, acariciam,
fazem a felicidade emanar no rosto,
nos poros da nossa pele, qual beijo,
qual carinho tem o mesmo preço
da felicidade que vocês, estranhos,
que não vos conheço me trazem?
Nada nos deixa mais saudade que isto...
Que viver a cada momento a liberdade,
saborear um toque desajeitado, um cigarro.
Como é bom acordar e lembrar, como é bom...
Momentos que nos fazem a vida,
moldam a personalidade como se fosse barro
nas mãos de um oleiro, ou de uma criança
que molda inocente um sonho, uma virtude,
um casco de navio que nada parece, mesmo nada,
a não ser nos teus olhos felizes.
Moldamos o momento como uma criança,
vemos o que não existe, contamos histórias,
falamos do que foram também momentos
dos que deixam a saudade chorar na alma
coberta num sorriso cínico que nos vai nos lábios.
Mas estamos lá, parados, a recordar nos olhos
que nos mentem, porque mesmo neles só vemos
a memória a recordação, o instinto de voltar.
Que momentos únicos que todos já passamos,
que saudade que nos cria água no rosto
que força é esta que nos move para voltar,
repetir, fazer outra vez sabendo mesmo assim
que mais tarde choraremos o mesmo caminho
que choramos hoje a recordar... Momentos!
sexta-feira, 30 de março de 2007
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